Boas Práticas de Proteção de Dados em Laboratórios e Clínicas

Bárbara Ferreira Gomes
Bárbara Ferreira Gomes
10 de outubro de 2024
4 min de leitura
Boas Práticas de Proteção de Dados em Laboratórios e Clínicas

A proteção de dados é um tema cada vez mais relevante, principalmente em ambientes de saúde, como laboratórios e clínicas.

Esses locais lidam com informações extremamente sensíveis, como prontuários médicos, exames e históricos de tratamentos, o que demanda uma atenção redobrada no que diz respeito à segurança da informação.

Mas como garantir que os dados dos pacientes estejam realmente protegidos?

A Importância da Proteção de Dados na Saúde

Laboratórios e clínicas são responsáveis por coletar e armazenar dados pessoais e de saúde, como nome, CPF, resultados de exames, entre outros.

Essas informações são consideradas dados sensíveis pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil, e a negligência em protegê-las pode gerar sérios problemas, como vazamento de dados, perda de credibilidade e penalizações legais.

Para garantir a segurança das informações, é essencial adotar boas práticas que envolvem tanto o uso de tecnologia quanto a conscientização dos profissionais que manuseiam esses dados.

Boas Práticas para Proteção de Dados

  1. Conscientização da Equipe
    Um dos primeiros passos para garantir a proteção de dados é investir na educação dos colaboradores. Todos os profissionais, desde recepcionistas até médicos, devem estar cientes da importância de proteger as informações dos pacientes e saber como agir diante de possíveis incidentes. Realizar treinamentos frequentes sobre as diretrizes da LGPD e a segurança digital é fundamental.

  2. Adoção de Protocolos de Segurança
    A implementação de políticas claras de segurança, como a exigência de senhas fortes e o uso de autenticação em duas etapas, pode prevenir o acesso não autorizado a sistemas e informações. Além disso, é importante que os dados estejam criptografados tanto durante o armazenamento quanto na transmissão entre sistemas, garantindo que, mesmo que haja uma violação, as informações não sejam facilmente acessadas.

  3. Controle de Acesso
    Nem todos os colaboradores precisam ter acesso completo a todos os dados. O controle de acesso permite que cada profissional tenha permissão apenas para acessar as informações necessárias para desempenhar suas funções. Essa segmentação reduz o risco de exposição de dados sensíveis e limita a possibilidade de vazamentos acidentais ou maliciosos.

  4. Armazenamento Seguro de Dados
    Em laboratórios e clínicas, muitos dados são armazenados digitalmente, mas algumas informações ainda podem estar em papel. Para ambas as formas de armazenamento, é essencial garantir que os dados estejam em locais seguros. Documentos físicos devem ser mantidos em armários trancados, enquanto os arquivos digitais precisam ser armazenados em servidores seguros, com backups frequentes.

  5. Gestão de Incidentes
    É inevitável que incidentes de segurança possam ocorrer, mesmo com todas as precauções. Por isso, é necessário ter um plano de resposta a incidentes bem estruturado, que permita uma reação rápida e eficaz. Esse plano deve incluir a notificação de autoridades e, quando aplicável, dos pacientes, além de medidas para mitigar os danos causados pelo incidente.

  6. Canal De Comunicação
    É crucial a adoção de um canal de comunicação com o titular de dados pessoais para que caso o titular de dados tenha dúvidas sobre como seus dados são tratados, ou queira exercer algum direito garantido pela LGPD, que ele tenha um canal facilitado e gratuito para acessar.

Exemplos Práticos

Imagine um laboratório que recebe centenas de pacientes por dia. Se os prontuários fossem deixados à vista na recepção, qualquer pessoa que passasse poderia ter acesso a informações pessoais dos pacientes.

Essa é uma falha simples, mas que pode ser evitada com pequenas mudanças, como a digitalização dos documentos e o uso de sistemas que permitem o acesso apenas de pessoas autorizadas.

Outro exemplo é o uso de sistemas de software obsoletos. Um sistema desatualizado pode estar vulnerável a ataques, expondo dados sensíveis a hackers.

A solução aqui seria investir em atualizações periódicas e em ferramentas de segurança avançadas, como firewalls e antivírus.

Benefícios de Boas Práticas de Proteção de Dados

Adotar boas práticas de proteção de dados traz diversos benefícios para laboratórios e clínicas. Além de evitar problemas legais, como multas por descumprimento da LGPD, a implementação de medidas de segurança pode aumentar a confiança dos pacientes.

Eles se sentirão mais seguros em compartilhar suas informações, sabendo que a clínica ou o laboratório está comprometido com a proteção de seus dados.

A proteção de dados em laboratórios e clínicas não deve ser vista apenas como uma obrigação legal, mas também como uma forma de garantir a segurança e o bem-estar dos pacientes.

Implementar boas práticas não é complicado e pode prevenir uma série de problemas no futuro, desde vazamentos de dados até danos à reputação da instituição. Portanto, é essencial que todos os envolvidos estejam cientes de suas responsabilidades e que as ferramentas adequadas sejam adotadas para proteger essas informações sensíveis.

 

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Fundada em 2020 por Ricardo Maravalhas e Marcelo Martins, na cidade de Pompeia-SP, A DPOnet é membro do Cubo Itaú e a 1º empresa brasileira a adotar a inteligência artificial em uma plataforma de privacidade e conquistar a certificação ISO 27001. Com o objetivo de democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD por meio de uma plataforma completa de Gestão de Privacidade, Segurança e Governança de Dados, com serviço de DPO embarcado, atendimento de titulares, que utiliza o conceito de Business Process Outsourcing (BPO), já foi utilizada por mais de 3500 companhias, certificou e treinou com a sua metodologia mais de 30 mil usuários e conta atualmente com 45 colaboradores.

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Especialista em LGPD

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