Com o crescente volume de informações digitais geradas a cada minuto, métodos avançados para garantir a privacidade se tornaram indispensáveis. Nesse contexto, a criptografia se apresenta como uma das principais técnicas para proporcionar uma camada adicional de segurança contra ataques cibernéticos.
A seguir, você entenderá melhor o funcionamento desse tipo de solução e suas aplicações na proteção de dados. Confira:
- O que é criptografia?
- Criptografia Simétrica
- Criptografia Assimétrica
- O que a LGPD diz sobre o uso da criptografia?
- Como implementar a criptografia na proteção de dados?
- Identificar dados sensíveis
- Classificar e categorizar
- Escolher o método de criptografia
- Gerenciar chaves
- Monitorar e atualizar
O que é criptografia?
A criptografia é uma técnica que codifica informações legíveis em um formato ilegível por meio de algoritmos matemáticos complexos, chaves de criptografia e processos de embaralhamento.
Ela pode ser utilizada como camada adicional de segurança para garantir a confidencialidade, a integridade e a autenticidade de dados armazenados e transmitidos. Os dois tipos de criptografia mais conhecidos são:
Criptografia Simétrica
A criptografia simétrica uma única chave para criptografar e descriptografar dados. Ela é considerada eficiente para proteção em ambientes controlados, nos quais a chave pode ser compartilhada entre as partes envolvidas.
Contudo, é mais difícil gerenciar a distribuição dessa chave em grande escala, o que pode resultar em vulnerabilidades como:
- compartilhamento inseguro pelos próprios usuários;
- interceptação ou substituição em ataques cibernéticos.
Criptografia Assimétrica
Por outro lado, a criptografia assimétrica — também conhecida como criptografia de chave pública — utiliza duas chaves:
- uma chave pública para criptografar os dados;
- uma chave privada para descriptografá-los.
Enquanto a chave pública pode ser compartilhada livremente, a chave privada tem que ser mantida em sigilo. Essa é uma abordagem considerada mais segura, embora seja computacionalmente mais custosa do que a criptografia simétrica.
O que a LGPD diz sobre o uso da criptografia?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) não cita diretamente o termo criptografia. Contudo, o artigo 46 incentiva o uso de técnicas de anonimização e de pseudonimização para minimizar o risco de identificação de indivíduos por meio de dados pessoais coletados e processados.
A anonimização de dados é a remoção irreversível de informações que possam identificar diretamente um indivíduo. Já a pseudonimização substitui os dados pessoais por pseudônimos ou códigos, para torná-los identificáveis.
A criptografia pode ser usada como parte desses processos, levando em conta o contexto específico e as medidas de segurança adicionais necessárias em um plano de adequação à LGPD.
Como implementar a criptografia na proteção de dados?
A implementação eficaz da criptografia na proteção de dados envolve questões técnicas e de gestão. Resumidamente, os passos desse trabalho são:
Identificar dados sensíveis
Os dados sensíveis são informações que, se comprometidas, podem resultar em riscos significativos para indivíduos e empresas. Entre eles, podemos citar:
- informações de identificação pessoal (nome, endereço, CPF);
- informações financeiras;
- dados de saúde;
- informações de origem racial ou étnica;
- orientação sexual.
Para identificá-los, analise os tipos de informações coletadas e processadas e consulte as diretrizes e regulamentações específicas do seu setor de atuação.
Classificar e categorizar
Os dados devem ser classificados e categorizados segundo critérios como:
- natureza dos dados;
- grau de sensibilidade;
- impacto na privacidade.
É importante observar as diretrizes e orientações da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para ter uma compreensão mais clara das medidas necessárias para garantir os direitos dos titulares.
Escolher o método de criptografia
Com base na classificação dos dados, selecione o método de criptografia mais apropriado. considerando fatores como:
- nível de segurança necessário;
- ambiente de implementação;
- capacidade computacional disponível;
- compatibilidade com tecnologias existentes;
- escalabilidade;
- facilidade de implementação e manutenção.
Gerenciar chaves
Desenvolva uma estratégia robusta para gerar, distribuir, armazenar e renovar periodicamente as chaves criptográficas. Para isso, comece definindo políticas de privacidade claras e estabelecendo controles de acesso e autenticação.
Também é fundamental realizar backups regularmente e testar a restauração dos dados. Além disso, mantenha um inventário atualizado das chaves e revise e atualize sua estratégia para se adaptar às mudanças tecnológicas ao longo do tempo.
Monitorar e atualizar
Estabelecer um processo de monitoramento e atualização é essencial, por isso, é importante ter indicadores-chave de desempenho (KPIs) e métricas relevantes para mensurar a segurança do ambiente e identificar possíveis vulnerabilidades. Revisões regulares permitem implementar atualizações em tempo hábil.
Para facilitar esse trabalho, vale a pena utilizar ferramentas de monitoramento como a DPOnet, que auxilia no mapeamento das melhorias a serem realizadas e fornece uma lista detalhada de recomendações de governança, cultura e infraestrutura.
Quer saber mais? Entenda como a DPOnet ajuda a cumprir 21 requisitos da LGPD em tempo recorde com uma plataforma completa de gestão de privacidade, segurança e governança de dados pessoais.
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