Ir ao hospital ou consultar um médico já pode ser uma experiência delicada, mas imagine se, além de lidar com questões de saúde, os seus dados pessoais fossem expostos a criminosos digitais? Assustador, não é?
Pois é, o setor da saúde tem sido um dos alvos preferidos de cibercriminosos, e a situação é preocupante. Hospitais e clínicas médicas armazenam um grande volume de dados pessoais extremamente sensíveis.
Entre essas informações, estão detalhes como origem racial ou étnica, convicções religiosas, opiniões políticas, filiação sindical, informações genéticas, biométricas e até dados sobre a saúde e vida sexual de uma pessoa. Esse conjunto de informações, se vazado, pode trazer consequências devastadoras.
Por que o Setor da Saúde é Alvo de Ciberataques?
A quantidade de dados armazenados e a sensibilidade dessas informações tornam o setor da saúde um alvo lucrativo para criminosos. Dados como os citados são valiosos no mercado negro e podem ser utilizados para fraudes ou chantagens.
Quando ocorre um ataque, é comum que os invasores criptografem os dados e exijam resgate para liberá-los. Além disso, ameaçam divulgar essas informações caso o pagamento não seja feito.
Os ciberataques no setor de saúde frequentemente ocorrem por meio de invasões em sistemas de hospitais, clínicas ou até em plataformas de telemedicina.
Muitas vezes, essas plataformas não possuem um nível de segurança adequado, facilitando o acesso dos criminosos.
Exemplos de Como os Vazamentos de Dados Afetam as Pessoas
- Fraude de Identidade: Com os dados vazados, criminosos podem abrir contas bancárias em nome da vítima ou realizar compras indevidas.
- Chantagem: Dados sensíveis, como informações sobre saúde ou vida sexual, podem ser usados para extorquir os pacientes.
- Perda de Confiança: Pacientes podem deixar de confiar nos hospitais e clínicas, temendo pela segurança de suas informações pessoais.
A LGPD e o Setor da Saúde
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira é clara ao definir que as empresas são responsáveis por proteger os dados pessoais que tratam. O artigo 44 da lei afirma que o tratamento de dados será considerado irregular se não oferecer a segurança necessária para os titulares. Isso significa que hospitais e clínicas devem adotar medidas de segurança robustas para evitar vazamentos.
Embora a LGPD não preveja punições específicas apenas para vazamentos de dados, ela estabelece sanções para qualquer violação à legislação.
Isso inclui desde advertências até multas pesadas e outras penalidades administrativas impostas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Portanto, um vazamento de dados pode, sim, gerar consequências sérias para as instituições de saúde.
Medidas para Proteger os Dados na Área da Saúde
Diante da crescente ameaça, é fundamental que o setor de saúde adote medidas práticas para proteger os dados dos pacientes. Veja algumas ações que podem ser implementadas:
- Criptografia de Dados: Garantir que as informações armazenadas sejam criptografadas, dificultando o acesso não autorizado.
- Treinamento de Funcionários: Ensinar os profissionais de saúde sobre a importância da segurança da informação e como evitar erros humanos que podem causar vazamentos.
- Atualização de Sistemas: Manter os sistemas sempre atualizados com as últimas correções de segurança para evitar brechas.
- Plano de Resposta a Incidentes: Ter um plano de ação pronto para agir rapidamente em caso de ataques, minimizando os danos.
Consequências Legais do Vazamento de Dados
Além das sanções administrativas, os consumidores que sofrerem danos por conta de um vazamento podem recorrer ao judiciário para buscar reparação.
O artigo 42 da LGPD garante ao titular o direito de processar a empresa que causou o dano e obter compensação. Isso inclui tanto prejuízos materiais quanto danos morais.
Proteger os dados dos pacientes é uma obrigação que vai além do cumprimento da LGPD. É uma questão de confiança e de respeito à privacidade das pessoas.
Como os ataques cibernéticos são uma realidade cada vez mais presente, especialmente no setor de saúde, adotar medidas de segurança é imprescindível para evitar danos irreparáveis, tanto para os pacientes quanto para as instituições de saúde.
Por isso, estar em conformidade com a LGPD é essencial para garantir a segurança das informações e a continuidade dos negócios no setor.
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DPOnet
Fundada em 2020 por Ricardo Maravalhas e Marcelo Martins, na cidade de Pompeia-SP, A DPOnet é membro do Cubo Itaú e a 1º empresa brasileira a adotar a inteligência artificial em uma plataforma de privacidade e conquistar a certificação ISO 27001. Com o objetivo de democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD por meio de uma plataforma completa de Gestão de Privacidade, Segurança e Governança de Dados, com serviço de DPO embarcado, atendimento de titulares, que utiliza o conceito de Business Process Outsourcing (BPO), já foi utilizada por mais de 3500 companhias, certificou e treinou com a sua metodologia mais de 30 mil usuários e conta atualmente com 45 colaboradores.
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