Proteção de Dados: Avanços em 2024 e Tendências para 2025

Bárbara Ferreira Gomes

Bárbara Ferreira Gomes

26 de fevereiro de 2025
5 min de leitura
Proteção de Dados: Avanços em 2024 e Tendências para 2025

O cenário da proteção de dados no Brasil está em constante evolução. O ano de 2024 trouxe avanços significativos na regulamentação e fiscalização da LGPD, enquanto 2025 promete novas diretrizes para inteligência artificial, maior responsabilização das empresas e fortalecimento dos direitos dos titulares. Neste artigo, exploramos as mudanças mais importantes e o que esperar para o futuro da privacidade digital.

O Crescimento da Proteção de Dados no Brasil

A proteção de dados se consolidou como um tema central para empresas, órgãos públicos e cidadãos. Desde a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o Brasil tem avançado na regulamentação e fiscalização do uso de informações pessoais, alinhando-se a padrões globais de privacidade.

No DPOday 2025, o maior evento de proteção de dados do Brasil, Arthur Sabbat, Diretor da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), apresentou uma análise detalhada sobre as transformações ocorridas em 2024 e as projeções para 2025. Sua palestra abordou os desafios enfrentados pelo setor, os avanços regulatórios e as novas diretrizes que moldarão o futuro da privacidade e segurança da informação no país.

Quer acompanhar tudo o que foi discutido? A cobertura completa do DPOday 2025, está disponível na íntegra em nosso canal no Youtube. Não perca a chance de se aprofundar no tema e ficar por dentro das tendências que irão impactar a proteção de dados nos próximos anos!



Principais Avanços em 2024

O ano de 2024 foi marcado pelo fortalecimento da fiscalização da LGPD, pela criação de novas regulamentações e pela ampliação da conscientização sobre privacidade de dados. Entre os avanços mais relevantes, destacam-se:

1. Intensificação da Fiscalização

A ANPD expandiu suas ações fiscalizatórias, tornando a aplicação da LGPD mais rigorosa. Empresas e instituições que não estavam em conformidade passaram a ser mais responsabilizadas, resultando em um aumento no número de autuações e sanções.

Exemplo prático: Pequenas e médias empresas passaram a ser notificadas para ajustar suas práticas de coleta e armazenamento de dados, garantindo que apenas informações necessárias fossem mantidas.

2. Novas Regulamentações e Diretrizes

A ANPD publicou diretrizes complementares sobre:

  • Bases legais para o tratamento de dados;
  • Consentimento do titular e sua revogação;
  • Resposta a incidentes de segurança, determinando prazos e boas práticas para comunicação de vazamentos.

3. Maior Integração Internacional

O Brasil avançou em acordos de cooperação com outros países, buscando a harmonização das normas de proteção de dados. Isso facilita transações comerciais internacionais e melhora a segurança no intercâmbio de informações entre diferentes jurisdições.

Segundo a International Association of Privacy Professionals (IAPP), mais de 50% das grandes empresas brasileiras buscam alinhar suas práticas à legislação internacional (IAPP, 2024).

4. Foco na Educação e Conscientização

A ANPD intensificou campanhas educativas, promovendo treinamentos e disseminando informações sobre boas práticas de proteção de dados. A iniciativa busca preparar empresas e cidadãos para lidar com questões de privacidade no ambiente digital.

Exemplo prático: Instituições financeiras passaram a oferecer treinamentos para funcionários sobre segurança da informação e identificação de tentativas de fraude, reduzindo o risco de vazamentos internos.



Expectativas para 2025

Para 2025, espera-se um cenário regulatório ainda mais maduro, com novas diretrizes voltadas para segurança, transparência e inovação tecnológica. Algumas das tendências mais aguardadas incluem:

1. Regulamentação da Inteligência Artificial e Novas Tecnologias

A ANPD deve aprofundar o debate sobre o uso de IA, criando diretrizes para garantir que os algoritmos respeitem a privacidade dos usuários. Questões como tomada de decisão automatizada e viés algorítmico estarão no centro das discussões.

Exemplo prático: Empresas que utilizam IA para análise de currículos precisarão garantir que seus algoritmos não discriminem candidatos com base em dados sensíveis.

2. Expansão da Responsabilização das Empresas

Novas regras devem reforçar a obrigação das organizações em garantir a conformidade com a LGPD não apenas internamente, mas em toda a cadeia de fornecedores e parceiros.

Dica prática: Para evitar sanções, as empresas precisarão exigir que seus fornecedores implementem medidas de segurança equivalentes às suas.

3. Fiscalização Rigorosa no Setor Público

A expectativa é de um aumento na fiscalização de órgãos governamentais, garantindo que serviços públicos sigam padrões elevados de proteção de dados.

Exemplo prático: Órgãos de saúde que lidam com informações de pacientes deverão investir mais em criptografia e anonimização de dados.

4. Fortalecimento dos Direitos dos Titulares

A tendência é que novas ferramentas sejam criadas para que os titulares tenham mais controle sobre seus próprios dados, permitindo solicitações de acesso, correção ou exclusão de informações de forma simplificada.

De acordo com um estudo da Data Privacy Brasil, 82% dos consumidores brasileiros desejam maior transparência das empresas sobre como seus dados são utilizados (Data Privacy Brasil, 2024).



Como as Empresas Devem se Preparar para 2025?

Com as novas exigências regulatórias, as empresas devem se antecipar e adotar medidas para garantir a conformidade. Algumas estratégias essenciais incluem:

  • Revisar políticas internas e garantir que todas as práticas estejam alinhadas com as regulamentações mais recentes;
  • Implementar auditorias regulares, identificando e corrigindo vulnerabilidades no tratamento de dados;
  • Capacitar equipes, promovendo treinamentos contínuos sobre segurança da informação e privacidade;
  • Adotar tecnologias seguras, como sistemas de gestão de consentimento e criptografia de ponta a ponta.


Conclusão

O Brasil está se consolidando como uma referência global em proteção de dados, com uma regulação robusta e fiscalização eficaz. Os avanços observados em 2024 pavimentam o caminho para um 2025 ainda mais desafiador, com maior responsabilização e transparência nas práticas empresariais.

As mudanças trazidas pela LGPD e pela regulamentação da IA exigem que empresas e órgãos públicos estejam atentos às novas diretrizes. Adotar uma cultura de privacidade, investir em segurança da informação e se preparar para auditorias são passos essenciais para garantir a conformidade e proteger a privacidade dos cidadãos.

O debate sobre proteção de dados continua evoluindo, e aqueles que se adaptarem rapidamente terão vantagens competitivas no mercado. O futuro da privacidade digital está sendo moldado agora, e cabe a cada organização fazer sua parte para garantir um ambiente mais seguro para todos.

Venha fazer parte da nossa Comunidade Allprivacy, acesse conteúdos como esse, troque experiências com outras pessoas da área e muito mais! 😉

DPOnet
Fundada em 2020 por Ricardo Maravalhas e Marcelo Martins, a DPOnet é membro do Cubo Itaú e pioneira no uso de inteligência artificial em uma plataforma de privacidade no Brasil. A empresa conquistou as certificações ISO 27001 e ISO 27701, reforçando seu compromisso com a segurança e a governança de dados, além de ser reconhecida pelo selo Great Place to Work (GPTW). Com a missão de democratizar, automatizar e simplificar a jornada de conformidade com a LGPD, a DPOnet oferece uma plataforma completa de Gestão de Privacidade, Segurança e Governança de Dados, com DPO as a Service, atendimento de titulares e um modelo baseado em Business Process Outsourcing (BPO). Sua solução já foi utilizada por mais de 4.000 empresas, certificou e treinou mais de 30 mil profissionais em sua metodologia.

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Bárbara Ferreira Gomes
Analista de Marketing Junior

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